domingo, 2 de agosto de 2009

Roberta e Victor

Mãe de primeira viagem, morando longe da família e com uma única certeza na gravidez: Queria amamentar, mas tinha medo. Ouvi de muitas pessoas que amamentar era doloroso, que o peito rachava, além da família dizer: "Ah, na família ninguém teve leite. Eu não tive, sua tia não teve, sua prima também não...".
Essas coisas não me fizeram desistir. Li muito durante a gravidez e aprendi bastante no curso de preparação para o parto. Na hora do nascimento do meu filho, ele logo foi para os meus braços e colocou pela primeira vez sua boquinha no meu peito senti-me capaz. Na maternidade tive muito apoio.

Na primeira noite em casa, vazava leite. Pensei: "Estou livre da maldição da família sem leite". Outras dificuldades ainda continuavam. O bico do meu seio era plano e por isso usei um bico de silicone além de puxar a ponta do mamilo com um êmbolo de uma seringa. Não desisti e nem meu pequeno. Assim, aos poucos meus mamilos foram se formando e com 15 dias já não precisava usar mais desses artifícios. E meu marido, sempre presente, ajudava para que nosso pequeno fizesse uma pega correta

Estava aliviada. No entanto... com cerca de 25 dias de amamentação, sem nenhuma fissura no peito, com meu pequeno fazendo uma pega cada dia mais certinha, senti meu leite começar a secar. Fiquei triste e logo lembrei da "maldição da família sem leite".
Em uma sexta feira a noite, comprei o leite artificial, pois notava que meu peito não vazava mais, que estava diminuindo a produção. Tinha pavor que meu filho passasse fome. E na madrugada, ele chorava de fome, eu chorava porque não tinha leite, nervosa. Então, meu marido acordou e disse: "Calma! Beba água, deixe ele no peito e tente descansar...". Aos poucos fui me acalmando, eu e meu pequeno do meu lado formos para os braço de Morfeu.
Meu marido não desistiu e passou o restante da madrugada "fuçando" na internet tudo sobre amamentação. Quando acordei ele ja estava PhD em amamentação e explicou-me todo o mecanismo da produção de leite. O porquê da grande quantidade inicial, porque sentia meu peito murchar. O fato é que amamentei exclusivamente até os 6 meses, sem dor, sem fissura e com muita vontade. Hoje meu pequeno, com 6 meses e meio, começou a comer papinhas. Usa copinho para beber água e tem o leitinho materno garantindo quando ele quer...

Ah!! e o leite artificial que comprei?? Troquei por fraldas...rs rs rs





História enviada por Roberta, mamãe de Victor de 6 meses e meio

6 comentários:

Renata disse...

que maravilha que são esses papais super participantes, não é mesmo? parabéns pela persistência.
um beijão, Re

Anonymous disse...

que linda história...

Inspiradora!

parabéns por esta grande conquista.

Simone

Cris, mãe dos Lus disse...

Que história linda!
Parabéns!!
:)
Linda a foto!

Flavia disse...

E viva os papais informados!!

Eu já tinha lido por aí, que tem pais que preferem introduzir a mamadeira para poder ajudar a mamãe a alimentar o filhote... Mas, fala sério, né gente? Tem tanta coisa que o pai pode fazer pra ajudar, pode cuidar da mãe, trocar fralda, fazer a janta, se informar e apoiar! né?

Mais uma vez obrigada Roberta e beijo nos três!

Luciano Oliveira disse...

Fiquei muito feliz pelos elogios ao papai do Victor (por acaso, eu)... rs rs

Acho que isso tem sido muito comum em nossas geração. Nós, os homens, temos sido mais participativos e queremos dividir cada vez mais as tarefas familiares.

P.S: Muito boa essa iniciativa dos relatos sobre a amamentação

Luciano

Thaís Rosa disse...

Muito bom esse relato, pois fala, de uma forma sutil e bem humorada, de vários "fantasmas" da amamentação.
E que papai, hein!!! ADOREI, temos por aqui várias histórias de pais ativos na amamentação dos pequenos, muito bom!!!
beijo!