Amar, amamentar
Tive muitas dificuldades em amamentar Nina, minha primeira filha. Uma mamoplastia de redução que eu fizera anos antes por recomendação médica foi a responsável pelo que chamo até hoje de depressão pós-Nam. Sonhava, queria, desejava amamentar. Via as campanhas dizendo subliminarmente que era possível, que era só eu querer, mas eu queria e nada como eu sonhava acontecia.
Mas amamentei como pude até retornar ao trabalho. E mesmo que me disessem que amar e amamentar não eram verbos necessariamente ligados um ao outro, eu sofria. Porque nada era como eu queria e no sonho que eu queria não havia Nam e nem mamadeiras.
Ano passado, engravidei de novo. E me preparei para amamentar daquele jeito. Pouco leite saindo do peito, o bebê mais cedo ou mais tarde se desinteressando. Meu obstetra falou para eu ir com calma, que muitas vezes a sucção do primeiro filho abre caminho para uma amamentação melhor do segundo.
Escutei, balancei a cabeça afirmativamente mas, na boa, não acreditei não.
Acontece que aqueles 4 meses da amamentação da Nina serviram muito, para ela, para mim, para Theo. Ele mama como um bezerrinho e embora eu ainda faça uso de algum complemento -minímo, diga-se de passagem- hoje percebo que tudo pode ser diferente, que devemos, sim, acreditar.
Para mim, amamentar Theo é um pequeno milagre. Um milagre nosso. Da nossa família. Inclusive de Ricardo, meu marido, que foi paciente e companheiro em todas as minhas lágrimas.
Nem sempre é possível amamentar um filho. Nem sempre é possível amamentar como se sonhou. Mas amar é a chave de tudo.
E amando tudo só pode dar certo
História enviada por Micheliny
3 comentários:
Muito bom o relato.
A amamentação às vezes nos prega peças.
Quando estamos grávidas vemos os comerciais de tv, as campanhas que incentivam a amamentação, lemos, pesquisamos e pensamos: estou ansiosa para chegar esse momento e poder amamentar meu filho, sentir toda a felicidade de poder nutrir, dar amor ao nosso bebê.
E o momento chega, só que às vezes não acontece como imaginamos. Há desafios!
É preciso persistir, com muito amor. Se não acontece como previsto, surge um sentimento de culpa, por não poder amamentar o bebê, surgem críticas, mas o fato de não poder amamentar não nos torna menos mães.
Também tive problemas sérios no início e só consegui amamentar minha bebê tranquilamente após seu segundo mês de vida, e sem o bico de silicone após o terceiro.
Depois disso, a amamentação se tornou maravilhosa e plena. Amamentei até o primeiro aninho de Beatriz.
O importante é seguir, não esmorecer.
A chave de tudo realmente está no amor.
Beijos
Priscila & Beatriz
Oi, vim conhecer o blog, bjss bom fds
aguardo sua visita :)
Eba, adorei ver o relato da Micheliny aqui!! Já comentei lá no blog dela, então aqui fica só um beijo pras vocês duas, Flá e Micheliny, mães blogueiras que tanto me inspiram!
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